quarta-feira, 28 de julho de 2010

Familia fantástica

Continuo a afirmar cada vez mais que a felicidade é feita de pequenas coisas. O dia começou mal. Tudo pronto para estrear a praia e o carro não pegou, bateria no caraças. Valeu o primo, homem desenrascado e pronto a desenrascar o próximo que resolveu a situação prontamente (Adoro-te primo e irei sempre defender-te quando a minha prima disser que tem azar na vida. Azar tive eu de não te ter conhecido primeiro. Brincadeira, adoro-vos aos dois e sei que tratas a minha prima ainda melhor do que trataste o meu carro, que foi um serviço 5 estrelas), mas não tão prontamente que ainda fosse possível chegar á praia a horas decentes. Resultado, bora lá passar o resto da manhã no Shopping Algarve, a escolher prendas para o piolhito que para a semana estará um ano mais velho. (Se alguém tiver conhecimento de injecções que retardem o crescimento eu aceito, não quero perder o meu bebé e os anos não param de passar cada vez mais rápido). A seguir, almoço inquestionável na casa da tia. E inquestionável porquê? Primeiro porque a tia é mesmo daquelas tias a sério ás quais não conseguimos dizer não e que adoram atafulhar-nos de comida (ainda bem que não moro por estas bandas senão sofreria de obesidade mórbida) e depois o almoço era sardinhas, o meu prato favorito, portanto irrecusável por falta de argumentos (a tia sabe apanhar-me nas curvas). Para ajudar á festa a tarde apresentou-se chuvosa, logo a praia colocada de parte. Então bora lá pastelar para o monte, sugestão da primita mais nova, que tinha umas músicas fixes para me passar para o computador e queria mostrar-me as suas habilidades de cozinheira de crepes ao lanche. (Até porque a malta sai sempre da casa da tia cheia de fome… tal avó, tal neta). E é aqui que acontece o pormenor que me encheu o dia e a alma. Assim que chegamos, o meu gajo bazou, como bom agricultor cheio de trabalho rural para fazer, e eu e a primita de quinze anos ficamos as duas a tomar conta do piolhito (coisa para a qual ela tem imenso jeito), agarradas aos computadores e á frigideira dos crepes, mas principalmente a falar-mos de coisas. E de repente, no meio da nossa conversa sobre tudo e sobre nada esta minha piolhita já crescida diz-me “-Sabes prima, eu gosto de falar contigo porque tu és uma bacana”. É pá, eu juro que disfarcei mas no fundo fiquei inchada que nem um sapo daqueles prestes a rebentar. Afinal eu tenho apenas dois anos a menos que a mãe dela e a chavala acha-me uma bacana!? Ganhei o dia. Até porque esta miúda deveria detestar-me, eu sempre tive mau acordar e ela sempre foi tagarela. Quando eu vinha passar férias e ia com ela para a praia, a minha primeira frase do dia era “-D. Não falas para a prima até á uma da tarde”, coisa que ela cumpria escrupulosamente perguntando de dez em dez minutos “- Prima, já é uma da tarde?” e eu respondia-lhe amavelmente, de dentes cerrados “NÃO”. E é esta chavala que ainda diz que eu sou bacana. Porra, eu tenho uma família mesmo fantástica.

sábado, 24 de julho de 2010

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Vida do campo

É costume dizer-se que não há vida como a do campo. E eu concordo plenamente. Oficialmente de férias não descansei até conseguir organizar tudo e começar a minha viagem por esse Portugal abaixo até chegar ao meu amado Algarve. Aqui vive-se e respira-se férias e ar puro, o piolho não cabe em si de contente e os pais do piolho começaram finalmente a relaxar e a esquecer o stress do dia a dia. Isto é qualidade de vida. O meu Algarve não é aquele Algarve turístico cheio de gente, que por vezes é pior que a capital. O meu Algarve é interior, serrano, calmo e relaxante. Neste momento estou a escrever na rua, ao som dos grilos e por baixo de um céu estrelado. Haverá melhor do que isto para quem trabalha e vive o dia a dia no bulício da cidade? Realmente não há melhor vida que a vida o campo, e mais nada.

sábado, 17 de julho de 2010

Amizade verdadeira

Acabei de jantar com a minha melhor amiga, aquela que será sempre a única e a melhor, sem discussão. Conhecemo-nos há vinte anos e a nossa amizade sempre foi inabalável, embora sejamos um pouco água e azeite. E talvez seja isso (as diferenças) o que nos une duma forma indestrutível. Ela sempre foi o trigo e eu sempre balancei mais para o lado do joio. Mas quando estamos juntas somos como amuleto do mau olhado, água e azeite misturam-se , integram-se e tornam-se um só, perante a estupefacção dos demais. E assim tem sido a nossa amizade, talvez improvável mas verdadeira, onde nos confessamos mutuamente porque sabemos que os nossos desabafos têm um crematório á espera do outro lado. Tudo pode ser confessado porque vai morrer mesmo ali na compreensão e discrição da nossa melhor amiga.


Adoro-te Ci . E espero que independentemente de tudo, continues a ser minha melhor amiga até aos 120 anos, no mínimo. Nunca tive e acho que nunca terei uma amiga tão verdadeira como tu.

YouTube - Muse - Uprising [OFFICIAL VIDEO]

YouTube - Muse - Uprising [OFFICIAL VIDEO]
Dedicado á minha amiga quarentona gira. A partir do momento em que ela falou nos Muse não consegui parar de os ouvir.
Obrigada. Uma grande beijoca para ti.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Há pessoas e Pessoas

Detesto pessoas sem escrúpulos. Pessoas que são umas verdadeiras cabras e ainda se orgulham disso, daquelas que só olham para o seu umbigo, porque devem achar que mais ninguém tem um, pessoas que tentam parecer superiores á custa de espezinharem os outros, enfim, pessoas só de nome porque o meu cão consegue ser mais solidário que algumas delas. Mas quanto menos gosto, mais me vejo rodeada destes seres, ele há dias em que chego a hiperventilar ao observar situações que se passam á minha volta. E pergunto eu porquê e para quê? Não seria a vida de todos mais fácil se existisse companheirismo, compreensão e entreajuda!? Em termos profissionais então, isto é do piorio, gera ambientes de cortar á faca em que só me apetece desatar aos gritos ou distribuir abanões e chapadas, para ver se as pessoas acordam para a realidade. No entanto não o faço, não é do meu feitio. Vou vendo, calando, engolindo sapos e aguardando pacientemente pelo desfecho, porque sempre acreditei e continuo a acreditar que um dia, mesmo que longínquo, toda a gente receberá o troco das acções praticadas.
Estou até desconfiada que este inchaço que me acompanha ultimamente, não é retenção de líquidos como afirma o médico, é mesmo retenção de estupidez alheia.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Masoquista???

Férias quase á porta, há que tratar de pormenores como a depilação. Hoje foi dia de laser e embora eu recomende porque dá um resultadão, não paro de me questionar, porquê pagar tanto para ser torturada!? Isto é quase o equivalente a terapia por choque, uma gaja está para ali prostrada numa marquesa a gramar com o equivalente a choques eléctricos, para no final ainda ficar com a conta bancária mais pobre. Saio destas coisas, sempre a matutar se não terei uma veiazita masoquista.


Este pagar para sofrer é um dos grandes exemplos do velho adágio “beleza a quanto obrigas”. E ainda há quem ache que ser gaja é fácil.

sábado, 10 de julho de 2010

Prazer versus trabalho

Esta história de ser a fotografa de serviço não é pera doce. Toda a gente quer as suas fotos enviadas por e-mail e eu que não sei dizer que não, vou dizendo que sim. Mas quando chega a hora da verdade garanto que se arrependimento matasse eu já estaria por aí esticadinha numa qualquer pedra mortuária. Com esta brincadeira de envio de mail's já passaram quatro horas da minha vida e ainda não acabei, mas também já não há paciência, amanhã há mais. Tenho de descobrir como abrir um site onde possa despejar todas as fotografias deste tipo de eventos e onde cada um possa ir buscar aquilo que lhe interessa. Sugestões???
Fotos da "Diabinho" do meu amigo A. Uma das premiadissimas por essa Europa fora. Da minha parte o 1ª prémio vai mesmo para a personalidade simpática e simplista do construtor. A mota é linda, mas tu mereces o mundo meu amigo.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Sobrevivente

Estou viva e neste momento já me recomendo, mas não tem sido fácil. Correndo o risco de parecer uma cota a falar "Já não tenho idade para isto". Ainda por cima o trabalho não tem dado tréguas, parece de propósito. "Ah, queres festa então toma lá a continuação para não perderes a pedalada". Para o ano tenho de meter férias para descansar da festa, embora o ideal fosse baixa, sim porque após um fim de semana a trabalhar com umas 100 doses de alcool (quando se vende bebidas, não se podem recusar ofertas, é dinheiro em caixa), uns 200 cigarros e umas 4 horas de sono uma gaja fica praticamente em coma. Mas pronto já passou e correu tudo bem, foi uma concentração fantástica, com pessoal ainda mais fantástico. Trabalhei mas diverti-me imenso, depois de milhares de bebidas vendidas e centenas de fotografias tiradas acabei o fim de semana com imensos endereços e-mail, muitos amigos novos e com aquela sensação de bem estar de ter feito aquilo que melhor sei fazer: conviver, semear sorrisos e boa disposição.
O resultado final até foi muito positivo, pois embora cansada e afónica pelo menos não fui devorada por nenhum animal pré-histórico, como a espécie acima que também é motard de longa data e não falha uma concentração. Felizmente é herbívoro.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Resistência

Trabalho, trabalho, trabalho… Assim se resume esta minha ultima semana. Trabalho no trabalho, trabalho em casa, trabalho fora de casa e agora até trabalho no lazer. Pois é, o meu motoclube está com a concentração á porta, é já este fim de semana, então bora lá ajudar. As minhas funções são sempre as mesmas, embebedar o pessoal e fotografá-los, de preferência por esta ordem. Eu gosto destes ambientes e divirto-me sempre bastante mesmo a trabalhar, embora no fim o cansaço seja brutal. Isto funciona quase como um casamento cigano, três dias de festa sem horários muito definidos e praticamente sem dormir. Enfim, não há bela sem senão. Só espero que corra tudo pelo melhor, porque com o cansaço que eu ando não sei se vou aguentar a pedalada como tenho aguentado nos outros anos. Portanto, se eu não der sinal de vida durante a próxima semana, significa que não resisti, tive um enfarte e estou a ser cremada no cemitério de S. João.