terça-feira, 31 de agosto de 2010

Claro que estou chateada

Claro que o sujeito não tem dinheiro para pagar o estrago;


Claro que meteu a seguradora ao barulho;

Claro que a seguradora tem 48 horas para responder;

Claro que mesmo que a resposta seja positiva, tem de marcar uma peritagem;

Claro que o vidro só pode ser colocado após peritagem;

Claro que mesmo que eu queira chegar-me á frente e mandar arranjar antecipadamente o veículo não posso, porque sem peritagem o seguro não paga;

Claro que estou sem carro e sem previsões de mudança da situação;

Claro que ninguém me paga o transtorno;

Claro que estou chateada;

Claro que me apetece bater em alguém...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Vida

"Esperar que a vida nos trate bem porque somos boas pessoas é como esperar que um touro não nos ataque por ser vegetariano".

Dennis Wholey

domingo, 29 de agosto de 2010

Chatices extra

É costume dizer-se que ele há dias em que uma pessoa não devia sair da cama, grande verdade, hoje parece ser um deles. O que prometia ser um domingo luminoso, rapidamente foi ensombrado pela nuvem negra das más notícias. Ainda antes de ter tempo para beber um café e acordar devidamente, o marido entra na cozinha e solta a “bomba”. Ontem á noite partiram-nos o vidro traseiro do carro. Fixe, quem precisa de café quando tem uma noticia destas para despertar todos os nervos adormecidos e sem os malefícios da cafeína!?


E quem foi o artista? Uma criancinha imberbe, que gosta de brincar com pedras enquanto os papás se divertem a jogar snooker, a beber copos e a ignorar a sua existência. Caramba, fiquei danada . O carro faz-me falta e saber que hoje e quem sabe amanhã, não vou puder usá-lo devido ao desleixo de uns e outros tira-me do sério.

Há pessoas que não percebem que ter filhos não é só pari-los, eles acarretam responsabilidades, há que saber educá-los, explicar-lhes a diferença entre certo e errado e principalmente estar de olho neles quando os levamos á rua. Porra, o meu filho nunca me meteu em despesas, nem me fez passar vergonhas com brincadeiras menos próprias perante terceiros. Mais um motivo para estar duplamente danada, se não tenho de me preocupar com o meu filho, porque terei de passar um domingo a moer-me com as acções dos filhos dos outros e a questionar-me sobre qual será a atitude do papá da criancinha, quando tiver de chegar-se à frente para pagar o estrago. Neste momento não está a ser a mais apropriada, mas vou esperar pela hora da verdade na esperança que tudo se resolva pelo melhor.

sábado, 28 de agosto de 2010

Frases com alma

"Não é porque as coisas são difíceis que não ousamos, mas porque não ousamos que elas são difíceis"

Séneca

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Despistada II

É oficial, não ando bem da cabeça, estou a tornar-me na rainha do despiste. Hoje voltei a fazer das minhas. Levantei-me cedo e resolvi ir á rua fazer uns pagamentos multibanco e umas compras ao Minipreço lá da rua. Andei por ali a desfilar toda fresca e airosa até que cheguei á caixa do supermercado para efectuar o pagamento. Aí, a funcionária da caixa presenteia-me com um sorriso divertido e um olhar cúmplice e gesticula para que me aproximasse. Aproximei-me e ela segreda-me :
 _ Você está á espera de presente?
Ao que eu respondo:
_ Porquê?
 E a senhora continua:
_ É que tem a blusa vestida ao contrário.
Observei-me melhor e verifiquei que realmente era verdade, as costuras e as etiquetas da blusa completamente expostas pareciam fitar-me com um ar trocista.
Mas desta vez não dei o braço a torcer, desatei a rir com o ar desprendido de quem não dá muita importância ao assunto, troquei umas gracinhas com a funcionária e saí muito direita e despreocupada como uma verdadeira lady. Mas meus amigos, quando me apanhei na rua, garanto que pouco faltou para desatar a correr até a casa, numa tentativa frustrada de evitar os olhares, daqueles com quem me cruzava.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Afinal quem são os outros?

Nem tudo acontece aos outros, porque para os outros, os outros somos nós...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Despistada

Sou uma pessoa um bocadito despistada, o que por vezes ocasiona alguns momentos caricatos. Foi o que me aconteceu há uns dias, quando fui ás compras ao Modelo logo pela manhã. Agarro num carrinho e começo a percorrer os corredores tirando uma coisita aqui outra ali, colocando dentro do carrinho, encostando por vezes o carrinho para me movimentar melhor entre os estreitos corredores, tudo isto de uma forma mecânica, com o cérebro perdido noutros pensamentos. Numa determinada altura vislumbro algo de estranho no fundo do carro. Dou uma segunda olhadela e penso “Peixe? Peixe aqui dentro? Não me lembro de ter passado na peixaria!” E de repente fez-se luz. Aquele não era o meu carrinho, que certamente estaria abandonado num qualquer corredor, enquanto eu passeava alegremente as compras de outra pessoa. Voltei atrás com um ar perdido e encavacado de quem é apanhado em flagrante a mexer naquilo que não lhe pertence e dei de caras com um senhor grisalho e bonacheirão que com um sorriso trocista me diz “-Ah.Ah. Eu vi logo que tinha sido roubado.” Devo ter ficado que nem uma malagueta, vermelha e a arder de vergonha. Balbuciei um grande pedido de desculpas e agarrei-me ao meu carro, que entretanto já tinha vislumbrado encostado a uma estante, como se fosse um escudo e afastei-me envergonhada perante o olhar divertido do outro interveniente.


Este é o resultado de estar nos locais apenas de corpo presente, enquanto o cérebro vagueia por lugares completamente diferentes.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

À espera de dias melhores

Até para ser cabra é preciso ter estilo, não é para qualquer uma. Mas que há quem se esforce com imenso afinco, talvez numa vã tentativa de me chatear, lá isso há. Só que de tão tristes que são, pela falta de estilo e originalidade, a única coisa que me conseguem provocar é enjoo. Amanhã terei de passar na farmácia e comprar um stock de alka-seltzer, para conseguir gramar com certos maus espectáculos, (que prometem continuar) sem que o enjoo se transforme em azia. Paciência, tenho mesmo é muita pena de pessoas tristes e com falta de carácter, que não se conseguem integrar por passarem os dias a olhar para o próprio umbigo.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Selinho

Recebi este miminho desta menina, que é uma querida. Não estava nada á espera e fiquei muito contente.


Muito obrigada Essência.

sábado, 21 de agosto de 2010

Fim de semana

O fim de semana está a ser fantástico. O meu piolhito tem-me enchido de abraços e beijos espontâneos nascidos talvez de umas saudades inconfessáveis (enquanto esteve longe, nunca quis falar comigo ao telefone). Estou em êxtase, temos brincado, falado, trocado carinhos. Ontem fomos visitar a festa da cidade, não sou muito adepta destas festas, mas quando se tem filhos vamos a todo o lado. No entanto quando chego ao local acabo sempre por divertir-me, vejo-me transportada á minha infância através do som dos carrinhos de choque e do cheiro a farturas e algodão doce. Teria sido muito bom, não fosse a praga de mosquitos que de tanto tentar comer-nos originou a nossa saída precoce do recinto. Hoje estamos todos comichosos devido ás babas provocadas pelos ditos cujos, mas felizes. Comemos farturas, andamos no carrossel, compramos um balão em forma de dinossauro (já baptizado de Dino) e divertimo-nos a ver toda a gente a esbofetear-se a si própria numa tentativa vã de se libertar dos pequenos monstrinhos com asas. Até agora o saldo está a ser muito positivo.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Igualdades desiguais

“Os animais são todos iguais mas alguns são mais do que outros”, cada vez me sinto mais uma personagem do grande clássico de George Orwell, “A quinta dos animais” mais conhecido entre nós como “O triunfo dos porcos”.


Perante a chefia, quando se fala em trabalho somos todos iguais, quando se trata de distribuir créditos descobre-se que afinal há alguns que são sempre mais iguais do que os outros.

Porreiro. Cada dia que passa gosto mais disto, estou desejando que chegue amanhã.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Querer e não ter

Estou super feliz e ansiosa para que as horas passem. O meu piolhito regressa hoje do Algarve. Já não lhe ponho a vista em cima há quinze dias e estou com uma vontade tão grande de lhe dar uns amassos que até tenho medo de o deixar todo negro. Claro que ele não vai deixar, pois não é muito dado a essas demonstrações exageradas de afecto, de qualquer forma só o facto de poder voltar a vê-lo, poder tocar-lhe e tê-lo perto de mim deixa-me exultante.


Esta saudade intensa por vezes põe-me a pensar na dor atroz que devem sentir aqueles pais cujos filhos estão desaparecidos. Não deve haver nada pior que perder um filho e no entanto temos sempre tendência em tomá-los como certos, por vezes sem lhes dar o devido valor e atenção.

Todos os dias eles suplicam um pouco do nosso tempo e nós temos sempre algo mais importante para fazer. Vamos organizando as tarefas diárias em detrimento dos nossos filhos, como se a limpeza do pó, a roupa passada a ferro ou a louça lavada fossem trabalhos urgentes e inadiáveis. Vamo-los enxotando, com a velha frase “A mamã agora está ocupada, vai brincar com os teus brinquedos” e esquecemo-nos de olhar dentro dos seus olhos para ver aquela mágoa do abandono de quem foi trocado por um prato sujo.

Só quando eles nos faltam é que sentimos aquela dor do querer e não ter e repensamos as nossas prioridades. Será assim tão importante cumprir escrupulosamente certos rituais quando o preço a pagar é o abandono emocional dos nossos filhos?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Os dias são longos os anos são curtos

Andei a ler "Projecto Felicidade" de Gretchen Rubin. Adorei.  Houve uma frase no livro que nunca mais me abandonou. "Os dias são longos os anos são curtos", pura verdade, a felicidade é mesmo feita do aqui e agora, dos pequenos gestos, das pequenas coisas. Não podemos viver só a pensar no amanhã, o amanhã é uma icógnita, que pode servir apenas para nos mostrar que afinal não temos nada, porque nos esquecemos de viver o presente com a ânsia de alcançar o futuro.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pontos de vista

A propósito do meu post da bola de Berlim na praia, ouve alguém que me disse algo do género:


- Comes bolas de Berlim na praia!? Que horror, já viste o perigo?

Eu: -Qual perigo?

- Podes ter uma intoxicação alimentar.

A sério? E acham isso perigoso!? Perigo para mim é ir ao banho quando a bandeira vermelha está hasteada e sujeitar-me a morrer afogada. Agora intoxicações alimentares!? Oh, meus amigos venham elas. Normalmente fazem-me perder imensos quilos em poucos dias. Se alguém me jurar que as ditas bolas provocam intoxicações, para a próxima vou comê-las aos pares.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O meu vernáculo

Uma amiga minha deu uma vista de olhos no meu blog e disse-me algo de género:


- Gostei. Mas se fosse eu omitiria certas palavras…

Percebi imediatamente onde ela queria chegar. Eu sou a rainha dos porras, gajas, gajos e afins.

Mas também sou uma pessoa compreensiva e pronta a acatar sugestões e criticas construtivas. Portanto, minha querida amiga, vou tentar mudar, porque não quero ferir susceptibilidades alheias com o meu linguajar de camionista. Mas não vou fazer grandes promessas porque esta sou eu, para o bem e para o mal.

Eu sou uma pessoa educada no meu dia a dia. Como já referi anteriormente, a minha profissão baseia-se no atendimento público e para com este público eu sou uma pessoa educada, com um vocabulário correcto e articulado, não há calão nem termos menos próprios. Como também já referi noutros posts, esta profissão é por vezes desgastante porque sou obrigada a engolir diariamente sapos grandes e gordos. Luto diariamente para ser uma pessoa equilibrada e com bons modos, mesmo quando não é fácil manter tal postura perante pessoas por vezes extremamente dificeis, portanto quando saio do local de trabalho apetece-me mandar tudo ás urtigas e exorcizar os meus demónios de alguma forma.

E aqui nasço eu. A belladonna do dia a dia, a Belladonna out of service, a Belladdonna que os amigos conhecem. Este cantinho foi criado como uma parte de mim, onde esta Belladonna descontraída pode extrapolar e desabafar tudo o que lhe vai na alma, sem grandes tabus.

A palavra porra para mim é como um espanta-espíritos da alma, assim que a profiro sinto-me imediatamente melhor. O termo gaja ou gajo é referido de uma forma carinhosa, um calão amistoso com o qual me refiro a mim própria. Todo o restante calão é um reflexo desta minha personalidade que tenta viver o dia a dia com alguma leveza de espírito.

Mas pronto, vou tentar mudar. Vou tentar trocar a palavra porra por arroz, que tem os mesmos r’s, mas muito mais proteínas, OK!?

Mas volto a frisar que não faço grandes promessas, este é o meu canto e esta é a minha personalidade por vezes indomável. Deve ser culpa do escorpião que há em mim. Vamos pôr as culpas todas no gajo. Aí porra que disse gajo. Uppss…

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A transformar-me num animal raro

Deprimida e sem reacção. As férias terminaram. Voltei a casa e ao trabalho, mas o meu piolhito ficou no Algarve para mais 15 dias de férias, chorei durante metade da viagem já com saudades antecipadas. Sinto-me dormente e mal disposta com o excesso de calor com o qual não tenho um relacionamento muito amigável. Ando a arrastar-me pelos cantos sem vontade de fazer seja o que for. Estou a pagar também a boa vida das férias, quando cheguei a casa e subi á balança para ter uma noção dos danos causados ela gritou: “Por favor uma pessoa de cada vez”. Olho-me ao espelho e só me lembro de animais de grande porte, do género hipopótamos grávidos e na realidade sinto-me como tal. Embora a roupa ainda me sirva vivemos guerras diárias porque não nos sentimos bem em tão estreita convivência.


Resumido: Sinto-me uma lástima e nada me anima. Ontem recebi um elogio dum cliente brasileiro “Nossa, se toda a gente fosse bonita e simpática como a senhora, tudo seria mais fácil”. Em qualquer outra ocasião teria ficado vaidosa, ontem, respondi com um obrigada esmorecido, acompanhado dum sorriso amarelo e nada convencido.

Como se não bastasse, também ontem , no final de um dia de trabalho um pouco forçado (viva o ar condicionado, que torna as coisas um bocadito mais fáceis), chego á minha banda após a habitual viagem de barco e deparo-me com um cenário trágico. Um autocarro desgovernado tinha irrompido pelo terminal fluvial adentro, causando um morto e 8 feridos. Isto deixou-me a pensar como a linha da vida pode ser ténue, basta estar no local errado á hora errada. Era o meu autocarro e a minha paragem. Poderia ter sido eu se tivesse chegado um pouco mais cedo. Pronto, agora também estou a ficar mórbida. Preciso urgentemente de uma injecção de adrenalina, boa disposição e frescura antes que me transforme numa lesma, gorda, mole e descerebrada.

Ok. Agora, apercebi-me que também sou um animal raro, se nunca viram uma mistura de hipopótamo com lesma, avisem que eu coloco uma foto minha no próximo post.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Meu pequeno, grande amor

O meu piolhito faz hoje 5 anos. Caramba, que o tempo voa e nós nem damos por ele.


Parece que ainda foi ontem que nasceu aquele ser minúsculo e fofinho, cheio de caracolinhos e nariz de batatinha, que me fez descobrir o que é amor incondicional.

Hoje está um rapaz crescido. Até tenho medo e adormecer e acordar amanhã com um adolescente borbulhento e cheio de mau feitio, que já não quererá saber da “cota” ultrapassada.

O meu filho tem sido uma criança fantástica, com uma personalidade calma e compreensiva que me tem enchido de orgulho ao longo dos anos. O meu desejo de mãe para hoje é precisamente que essa personalidade não desapareça nunca e que ele se transforme um dia num adulto excepcional.

Mais logo vamos ter uma grande festa em família, que com certeza também irá ser fantástica. No entanto o meu coração hoje está tão apertado e pequenino que quase me apetece chorar e nem sei explicar porquê.

Por favor meu pequeno, grande amor, não tenhas pressa em crescer e nunca deixes de ser quem és. Mas principalmente nunca duvides, que independentemente do dia de amanhã, amar-te-ei sempre de forma incondicional. Muitos parabéns meu amor.

domingo, 1 de agosto de 2010

A prevaricar á grande e á Algarvia

A minha roupa iniciou um novo litigio comigo. Não percebo porquê!?