O que foi omitido em todo o texto abaixo?
Sem nenhum tropeço posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo isso permitindo mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível.
Pode-se dizer tudo, com sentido completo, mesmo sendo como se isto fosse mero ovo de Colombo.
Desde que se tente sem se pôr inibido pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento.
Trechos difíceis se resolvem com sinónimos.
Observe-se bem: é certo que, em se querendo esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo.
Brinque-se mesmo com tudo.
É um belíssimo desporto do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo, sem o "P", "R" ou "F", o que quiser escolher, podemos, em corrente estilo, repetir um som sempre ou mesmo escrever sem verbos.
Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir.
Porém mesmo sem o uso pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objeto escolhido, sem impedimentos.
Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês.
Por quê?
Cultivemos nosso polifónico e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores.
Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e professores.
Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos.
Descobriu?
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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Fornicação cerebral
Poderá uma pessoa apresentar queixa de violação, quando é fornicada por outra durante dois dias seguidos sem consentimento?
É pá, não me pagam para isto. Se eu soubesse o que sei hoje, tinha apostado numa licenciatura em psiquiatria. Fónix, que ele há gente muita marada...
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É pá, não me pagam para isto. Se eu soubesse o que sei hoje, tinha apostado numa licenciatura em psiquiatria. Fónix, que ele há gente muita marada...
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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
O sexo e a base de dados
Mulher, quarentona, exibindo uma proeminente copa D, mas com pinta de macho camionista e um vernáculo à altura,.
Primeiro pensamento: Lésbica, macho alfa.
Reclamou, argumentou, contra-argumentou porque o seu passe estava literalmente feito em dois, mas ela não se achava no dever de pagar um novo.
Pedi-lhe o passe e a identificação para aceder à ficha de cliente, passou-me o passe para a mão enquanto procurava na carteira (tirada do bolso de trás das calças, pois tá claro) o bilhete de identidade.
Quando bati com os olhos no nome gravado no cartão li: António S.
Segundo pensamento: Alguém na produção de cartões fez asneira. Enganaram-se, trocaram o (a) por um (o) e transformaram aqui a madame num homem. Ok. Já trato dessa parte.
Entretanto, a senhora já tinha encontrado o BI, peguei nele e fiquei a saber... que tinha mesmo o prazer de estar a falar com... o Sr. António Manuel S..
Terceiro pensamento: Porra, afinal a única enganada aqui sou eu, isto é mesmo um gajo. Mas um gajo pá? Então não é suposto um gajo que vira gaja ser ainda mais feminino que qualquer verdadeira gaja? Bom se calhar é só um mito. Passa à frente...
Depois do problema solucionado e o/a cliente pelas costas, pude debruçar-me melhor sobre o assunto e perder-me nos meus pensamentos. Até porque, tinha de registar o atendimento no computador e a base de dados só me dava duas opções, masculino ou feminino, por qual das duas deveria optar?
O bilhete de identidade dizia tratar-se de um homem, mas a personagem ao vivo assemelhava-se a uma mulher (feia, porca e má... mas uma mulher) que não ripostou quando a tratei como tal. Fiquei num dilema... por um lado até podia ser um homem vestido de mulher, mas por outro até já podia ser toda ela mulher (pelo menos a copa D assim o afirmava) mas ainda sem oportunidade de mudar o nome. Fiquei baralhada... tenho amigos gay, amigas lésbicas, já conheci alguns transexuais, travestis e afins, mas nada se encaixava no género que não era carne nem peixe, era mais assim a modos que um pedaço de tofu… pode ser as duas coisas.
Liguei ao meu chefe, um senhor dotado de algum sentido de humor, contei-lhe a história e coloquei-lhe a questão: «Então chefe, onde ponho a cruzinha, no menino ou na menina?» E ele: «Olhe, deixe em branco...»
Mas na semana seguinte, quando acedi à base de dados, verifiquei que tinha sido remodelada e modernizada mesmo à medida dos nossos dias. Sexo: Masculino, Feminino e… Desconhecido.
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Primeiro pensamento: Lésbica, macho alfa.
Reclamou, argumentou, contra-argumentou porque o seu passe estava literalmente feito em dois, mas ela não se achava no dever de pagar um novo.
Pedi-lhe o passe e a identificação para aceder à ficha de cliente, passou-me o passe para a mão enquanto procurava na carteira (tirada do bolso de trás das calças, pois tá claro) o bilhete de identidade.
Quando bati com os olhos no nome gravado no cartão li: António S.
Segundo pensamento: Alguém na produção de cartões fez asneira. Enganaram-se, trocaram o (a) por um (o) e transformaram aqui a madame num homem. Ok. Já trato dessa parte.
Entretanto, a senhora já tinha encontrado o BI, peguei nele e fiquei a saber... que tinha mesmo o prazer de estar a falar com... o Sr. António Manuel S..
Terceiro pensamento: Porra, afinal a única enganada aqui sou eu, isto é mesmo um gajo. Mas um gajo pá? Então não é suposto um gajo que vira gaja ser ainda mais feminino que qualquer verdadeira gaja? Bom se calhar é só um mito. Passa à frente...
Depois do problema solucionado e o/a cliente pelas costas, pude debruçar-me melhor sobre o assunto e perder-me nos meus pensamentos. Até porque, tinha de registar o atendimento no computador e a base de dados só me dava duas opções, masculino ou feminino, por qual das duas deveria optar?
O bilhete de identidade dizia tratar-se de um homem, mas a personagem ao vivo assemelhava-se a uma mulher (feia, porca e má... mas uma mulher) que não ripostou quando a tratei como tal. Fiquei num dilema... por um lado até podia ser um homem vestido de mulher, mas por outro até já podia ser toda ela mulher (pelo menos a copa D assim o afirmava) mas ainda sem oportunidade de mudar o nome. Fiquei baralhada... tenho amigos gay, amigas lésbicas, já conheci alguns transexuais, travestis e afins, mas nada se encaixava no género que não era carne nem peixe, era mais assim a modos que um pedaço de tofu… pode ser as duas coisas.
Liguei ao meu chefe, um senhor dotado de algum sentido de humor, contei-lhe a história e coloquei-lhe a questão: «Então chefe, onde ponho a cruzinha, no menino ou na menina?» E ele: «Olhe, deixe em branco...»
Mas na semana seguinte, quando acedi à base de dados, verifiquei que tinha sido remodelada e modernizada mesmo à medida dos nossos dias. Sexo: Masculino, Feminino e… Desconhecido.
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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
O cliente inesperadamente simpático
Para aqueles que por aqui andam há pouco tempo, vou deixar um post antiguinho para começar de uma forma simpática... tal como o cliente que o mereceu.
Aqui.
Os clientes simpáticos são como a velha história das bruxas, quase não acreditamos na sua existência... mas que os há, há.
;)
Aqui.
Os clientes simpáticos são como a velha história das bruxas, quase não acreditamos na sua existência... mas que os há, há.
;)
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Pesquisa de mercado
Como já muitos devem ter percebido trabalho num transporte público, talvez num dia de insensatez vos diga qual é, mas por enquanto ficamos assim. Pronto, está bem, aceitam-se apostas, se houver muitas respostas acertadas talvez eu confesse tudo, até porque estou em crer que muitos de vocês até já sabem ou pelo menos desconfiam. Durante alguns anos fui menina de bilheteira, hoje estou noutro local, assim a modos que mais in, mas “as moscas são sempre as mesmas”. Público do mais variado, desde o Juiz do supremo tribunal até ao mitroso que o primeiro já mandou enjaular algumas vezes, ou da figura pública até ao sem abrigo que dorme à porta do teatro Dª Maria. Uma verdadeira panóplia de gente para todos os gostos e feitios, logo, um sem fim de personalidades dispares às quais precisamos de nos adaptar. Costumo dizer que o meu trabalho é uma caixinha de surpresas (tipo ovo da Kinder), nunca sei o que cada dia me reserva, mas tenho sempre a certeza que cada um deles será diferente do anterior.
Ora com tanta gente, personalidades, raças, etnias, religiões, estilos, sexos "ou os eles que são elas e as elas que são eles, só para confudirem o pessoal", etc, por vezes criam-se episódios engraçados, caricatos ou mesmo insólitos e são alguns desses episódios que pretendo relatar em posts futuros.
Interessados nesta viagem?
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Ora com tanta gente, personalidades, raças, etnias, religiões, estilos, sexos "ou os eles que são elas e as elas que são eles, só para confudirem o pessoal", etc, por vezes criam-se episódios engraçados, caricatos ou mesmo insólitos e são alguns desses episódios que pretendo relatar em posts futuros.
Interessados nesta viagem?
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O que se lê por estas bandas
Há imenso tempo que "Mar me quer" andava cá por casa no meio dos trezentos e cinquenta mil livros (mais coisa menos coisa), que me atafulham as prateleiras, mas que fazem as minhas delicias. Ontem peguei nele, li o primeiro parágrafo e fiquei rendida. Lindo.
Isto é saber escrever. Num curto parágrafo Mia Couto, apanha-nos com a sua mestria e deixa-nos rendidos ao seu personagem que apresenta uma filosofia de vida deveras interessante.
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Isto é saber escrever. Num curto parágrafo Mia Couto, apanha-nos com a sua mestria e deixa-nos rendidos ao seu personagem que apresenta uma filosofia de vida deveras interessante.
"Sou feliz só por preguiça. A infelicidade dá uma trabalheira pior que doença: é preciso entrar e sair dela, afastar os que nos querem consolar, aceitar pêsames por uma porção da alma que nem chegou a falecer..."
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sábado, 19 de fevereiro de 2011
Missão cumprida
Lembram-se do post sobre eu ter de ir à escola do meu filho, para dissertar sobre a minha profissão perante a turma?
Pois é, foi ontem. Lá agarrei no varão e no fio dental tigresse, depois de já ter instruído o puto que todos os amiguinhos deveriam partir os mealheiros no dia anterior porque esta coisa do strip, não tem piada sem uns dinheiritos à mistura e… brincadeira, onde é que vocês já iam com essas mentes depravadas?
Mas voltando à realidade, foi realmente ontem e foi muito giro. Eles portaram-se muito bem, foram uns queridos, mostraram interesse, atropelaram-se para fazerem perguntas, trataram-me de uma forma carinhosa e principalmente adoraram os miminhos (suborno) que lhes levei.
Andei dezassete dias a preparar-me para isto, portanto tive tempo de pedir ajuda ao departamento de relações públicas da empresa que gentilmente ofereceu uns Kit’s giríssimos para os miúdos, que incluem um saquinho de pano com um livro de actividades, lápis de cor, balões e um porta-chaves xpto, que eles adoraram. Para além disto ainda lhes levei uns rebuçados também eles com o símbolo da empresa, que fizeram as delicias da pequenada.
Quando cheguei, houve logo uma menina com um ar ternurento, que me disse «Olha, anda sentar-te ao pé de nós. Se não quiseres sentar-te no chão podes puxar uma cadeira», sentei-me numa cadeira pequenina e ela fez questão de não sair do meu lado, no fim já estava com a cabeça deitada no meu colo. Um verdadeiro doce, mais que qualquer rebuçado… babei.
O resultado final foi um sucesso, mas mesmo que não fosse teria valido a pena, só para ver aquela expressão de felicidade estampada na cara do meu piolhito, que fez questão de ajudar a mãe a distribuir os rebuçados e as lembranças pelos amiguinhos com um ar todo orgulhoso. No fim, quando fui despedir-me dele de uma forma discreta, com um simples até logo, para não o fazer passar vergonhas perante os colegas, veio a correr para mim e deu-me um grande beijo na bochecha. Resolvi guardar este momento fechado a sete chaves no meu coração, pois não há-de demorar muito até chegar o dia, em que um beijo da mãe será a maior das vergonhas.
Hoje só posso dizer: Valeu a pena.
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Pois é, foi ontem. Lá agarrei no varão e no fio dental tigresse, depois de já ter instruído o puto que todos os amiguinhos deveriam partir os mealheiros no dia anterior porque esta coisa do strip, não tem piada sem uns dinheiritos à mistura e… brincadeira, onde é que vocês já iam com essas mentes depravadas?
Mas voltando à realidade, foi realmente ontem e foi muito giro. Eles portaram-se muito bem, foram uns queridos, mostraram interesse, atropelaram-se para fazerem perguntas, trataram-me de uma forma carinhosa e principalmente adoraram os miminhos (suborno) que lhes levei.
Andei dezassete dias a preparar-me para isto, portanto tive tempo de pedir ajuda ao departamento de relações públicas da empresa que gentilmente ofereceu uns Kit’s giríssimos para os miúdos, que incluem um saquinho de pano com um livro de actividades, lápis de cor, balões e um porta-chaves xpto, que eles adoraram. Para além disto ainda lhes levei uns rebuçados também eles com o símbolo da empresa, que fizeram as delicias da pequenada.
Quando cheguei, houve logo uma menina com um ar ternurento, que me disse «Olha, anda sentar-te ao pé de nós. Se não quiseres sentar-te no chão podes puxar uma cadeira», sentei-me numa cadeira pequenina e ela fez questão de não sair do meu lado, no fim já estava com a cabeça deitada no meu colo. Um verdadeiro doce, mais que qualquer rebuçado… babei.
O resultado final foi um sucesso, mas mesmo que não fosse teria valido a pena, só para ver aquela expressão de felicidade estampada na cara do meu piolhito, que fez questão de ajudar a mãe a distribuir os rebuçados e as lembranças pelos amiguinhos com um ar todo orgulhoso. No fim, quando fui despedir-me dele de uma forma discreta, com um simples até logo, para não o fazer passar vergonhas perante os colegas, veio a correr para mim e deu-me um grande beijo na bochecha. Resolvi guardar este momento fechado a sete chaves no meu coração, pois não há-de demorar muito até chegar o dia, em que um beijo da mãe será a maior das vergonhas.
Hoje só posso dizer: Valeu a pena.
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Faixa de Gaja...
Sabem como se chama a parte da barriga da mulher que fica à mostra, entre as calças e o top???
Faixa de Gaja !
Porque abaixo está a Terra Prometida e acima estão os Montes Golã !!!
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Faixa de Gaja !
Porque abaixo está a Terra Prometida e acima estão os Montes Golã !!!
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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Citação
“Portugal é hoje um paraíso criminal onde alguns inocentes imbecis se levantam para ir trabalhar, recebendo por isso dinheiro que depois lhes é roubado pelos criminosos e ajuda a pagar ordenados aos iluminados que bolsam certas leis'.”
Barra da Costa, criminologista
Está tudo dito... mais palavras para quê?
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Barra da Costa, criminologista
Está tudo dito... mais palavras para quê?
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sábado, 12 de fevereiro de 2011
Bife na Pedra
Já que toda a gente publica receitas, resolvi não ficar atrás e mostrar-vos um dos meus pratos favoritos.
Super fácil, extremamente económico e delicioso. Bom apetite...
Um excelente fim de semana
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Super fácil, extremamente económico e delicioso. Bom apetite...
Um excelente fim de semana
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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Frase Nicola... na ponta da lingua...
Especialmente para vocês meus queridos, que se têm revelado umas verdadeiras mentes depravadas. Nunca pensei... Com que então uma gaja insinua um post sobre actividades sexuais e vocês vêm que nem moscas ao mel. Ah, pois é, assim é que se apanham... Trinta e um comentários, hein? Nunca tinha havido tanto comentário por estas bandas. E depois a marota sou eu, não é amiga Tuquinha?
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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Estou a escorregar na própria baba...
Ele há dias em que vale a pena sair da cama, nem que seja por pequenos mimos que nos enchem a alma e o coração. Acabei de receber... quase um Oscar, oferecido por uma "gaja". Ora para mim palavra de gaja, vale muito e esta não é uma gaja qualquer, é uma senhora gaja que bebe minis, come tremoços e tudo isto sem sair dos seus saltos altos.
Obrigada minha querida por achares que sou recomendável, quando eu própria tenho sérias dúvidas. Mas se tu achas... também não te vou contrariar...
Vá, ide, ide todos cuscar que eu deixo.
http://ministremocosesaltosaltos.blogspot.com/search/label/%23OhosQueDevoramBlogs
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Obrigada minha querida por achares que sou recomendável, quando eu própria tenho sérias dúvidas. Mas se tu achas... também não te vou contrariar...
Vá, ide, ide todos cuscar que eu deixo.
http://ministremocosesaltosaltos.blogspot.com/search/label/%23OhosQueDevoramBlogs
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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Actividades sexuais... não passamos um dia sem elas...
Para descontrair...
A apresentadora dum programa feminino, pergunta à D. Irene, uma jovem senhora:
- A senhora pode contar aos nossos telespectadores quais são as actividades de uma típica dona de casa deste bairro?
- Ah, sim... De manhã, levo os meninos à escola. Depois, na volta, tenho três horas de actividades sexuais...
Então, o meu marido e filhos chegam para o almoço, almoçam; ele volta para o trabalho e as crianças vão fazer os deveres...
Aí, tenho mais algumas horas de actividades sexuais até à noite, quando jantamos e vamos todos para a cama!
- Desculpe, mas a senhora pode nos explicar em que consistem essas actividades sexuais?
- Ah, lógico, explico sim!
Actividades sexuais: é fazer tudo o que é fodido: varrer, lavar o chão, lavar a roupa, arear as panelas, lavar e tratar do cão, arrumar, costurar, passar as roupas, limpar o pó, lavar os vidros...
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A apresentadora dum programa feminino, pergunta à D. Irene, uma jovem senhora:
- A senhora pode contar aos nossos telespectadores quais são as actividades de uma típica dona de casa deste bairro?
- Ah, sim... De manhã, levo os meninos à escola. Depois, na volta, tenho três horas de actividades sexuais...
Então, o meu marido e filhos chegam para o almoço, almoçam; ele volta para o trabalho e as crianças vão fazer os deveres...
Aí, tenho mais algumas horas de actividades sexuais até à noite, quando jantamos e vamos todos para a cama!
- Desculpe, mas a senhora pode nos explicar em que consistem essas actividades sexuais?
- Ah, lógico, explico sim!
Actividades sexuais: é fazer tudo o que é fodido: varrer, lavar o chão, lavar a roupa, arear as panelas, lavar e tratar do cão, arrumar, costurar, passar as roupas, limpar o pó, lavar os vidros...
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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Proibido adoecer
O nosso sistema de saúde é um verdadeiro fenómeno. O que é? Para que serve?
Há seis anos atrás necessitei de um exame urgente e caríssimo, apenas uma clínica o fazia pelo sistema Nacional de saúde. Quando liguei a marcar, o diálogo foi hilariante:
Eu: Necessito marcar o exame tal.
Clínica: Particular ou pela caixa?
Eu: Pela caixa.
Clínica: Temos vaga daqui a dois meses.
Eu: E se for particular?
Clínica: Pode ser amanhã.
Fiquei convencida que quem não tinha dinheiro, morria à espera de vaga.
Hoje a minha maneira de pensar mudou, para pior. Hoje estou convencida que já nem com dinheiro lá vamos. Desta vez a minha saga começou em Novembro. Consulta particular, mais uma vez exames urgentes, para os quais nem pedi credenciais, mas mesmo em sistema particular só arranjei marcação para Janeiro e entre o ficarem prontos e conseguir nova consulta passaram-se precisamente três meses. Foi Hoje.
Precisamente hoje, que foi outro daqueles dias em que choveu sopa a cântaros e eu levei o tempo todo com um garfo na mão. Consequentemente, enquanto aguardava na sala de espera só pensava para com os meus botões «agora vais entrar e a médica vai dizer-te que lamenta imenso mas tens um tumor maligno, o que é uma pena, pois se tivesse sido detectado há dois ou três meses atrás… talvez ainda houvesse qualquer coisita a fazer...»
Felizmente, foi só um susto, que me deixou com o coração nas mãos durante os citados três meses, mas que acabou com um final feliz. Estou de boa saúde e pronta para o próximo.
Mas o sistema de saúde não me sai da cabeça, afinal a malta anda a pagar o quê? Eutanásia? É pá se é isso digam. Sempre sai mais em conta cortar os pulsos e deixar o dinheiro que nos roubam para a agência funerária. Assim como assim, já que temos de morrer por falta de assistência médica (daquela que nos mantém vivos), pelo menos que tenhamos direito a um funeral digno de nota. Digo eu... que já não percebo nada disto...
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Há seis anos atrás necessitei de um exame urgente e caríssimo, apenas uma clínica o fazia pelo sistema Nacional de saúde. Quando liguei a marcar, o diálogo foi hilariante:
Eu: Necessito marcar o exame tal.
Clínica: Particular ou pela caixa?
Eu: Pela caixa.
Clínica: Temos vaga daqui a dois meses.
Eu: E se for particular?
Clínica: Pode ser amanhã.
Fiquei convencida que quem não tinha dinheiro, morria à espera de vaga.
Hoje a minha maneira de pensar mudou, para pior. Hoje estou convencida que já nem com dinheiro lá vamos. Desta vez a minha saga começou em Novembro. Consulta particular, mais uma vez exames urgentes, para os quais nem pedi credenciais, mas mesmo em sistema particular só arranjei marcação para Janeiro e entre o ficarem prontos e conseguir nova consulta passaram-se precisamente três meses. Foi Hoje.
Precisamente hoje, que foi outro daqueles dias em que choveu sopa a cântaros e eu levei o tempo todo com um garfo na mão. Consequentemente, enquanto aguardava na sala de espera só pensava para com os meus botões «agora vais entrar e a médica vai dizer-te que lamenta imenso mas tens um tumor maligno, o que é uma pena, pois se tivesse sido detectado há dois ou três meses atrás… talvez ainda houvesse qualquer coisita a fazer...»
Felizmente, foi só um susto, que me deixou com o coração nas mãos durante os citados três meses, mas que acabou com um final feliz. Estou de boa saúde e pronta para o próximo.
Mas o sistema de saúde não me sai da cabeça, afinal a malta anda a pagar o quê? Eutanásia? É pá se é isso digam. Sempre sai mais em conta cortar os pulsos e deixar o dinheiro que nos roubam para a agência funerária. Assim como assim, já que temos de morrer por falta de assistência médica (daquela que nos mantém vivos), pelo menos que tenhamos direito a um funeral digno de nota. Digo eu... que já não percebo nada disto...
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domingo, 6 de fevereiro de 2011
Discriminação e preconceito - Parte II
Este post é uma explicação do anterior e um seguimento do post publicado no dia 07 de Janeiro.
Na sexta-feira ao final da tarde tive reunião com a educadora do meu filho. Foi muito proveitosa em vários aspectos. Para além de me inteirar da evolução do piolhito, fiquei a saber umas curiosidades fantásticas.
Segundo ela, como a escola é novinha a estrear e com umas excelentes condições, houve pais que se convenceram que iria funcionar como um colégio particular, com rigorosos critérios de selecção. Por muito que lhes explicassem que a escola é pública e que a educação não pode ser negada a nenhuma criança, só se aperceberam da realidade quando as aulas começaram. O quê? Pretos, ciganos, putos de países de leste… O que é isto? Houve desistências e os que ficaram, ficaram contrariados.
A educadora explicou-me com um ar cansado, que a discriminação tem sido difícil de gerir, não devido às crianças, mas sim por causa dos pais. Na sala existem um menino e uma menina de etnia cigana, educados, calmos e bem comportados, não são ciganos da “barraca” como a maioria tem imediatamente tendência a pensar. Podem-se considerar pessoas de classe média, não têm problemas económicos e os miúdos vão para a escola todos os dias a horas, limpinhos e bem vestidos. Resumindo são crianças como as outras. Só que, no inicio das aulas quando começaram a sair para passear e a fazer certos jogos onde tinham de dar as mãos, havia crianças que se recusavam a dar a mão ao J. ou à A., as crianças ciganas. A educadora perguntou-lhes o porquê e a resposta foi «a minha mãe não quer». Perante esta resposta, ela teve a melhor das atitudes “Olha, a tua mãe não está aqui, estou eu, portanto vais dar a mão e eu depois falo com a tua mãe se houver algum problema”. Muito bem.
Outra situação deveras complicada, foi quando um dos meninos no recreio tropeçou no J. caiu e abriu o lábio. Por sorte a educadora assistiu a tudo, viu que foi um acidente, o próprio menino que caiu disse que foi um acidente, só que no dia seguinte o pai entrou enfurecido escola adentro, querendo explicações sobre o cigano que tinha atirado o filho ao chão. Embora o próprio filho lhe dissesse que tinha sido ele a tropeçar, o senhor estava convicto que não, que o filho estava com medo de dizer a verdade. Pois ele sabe como são os ciganos, sempre prontos a maltratar os outros. Quase aposto, que se o filho tivesse mesmo sido empurrado, mas por outra criança da mesma classe social, até não haveria problema «afinal são só crianças, sabe como são as crianças...», mas tropeçar num cigano? É pá, isso é muito suspeito.
Como estas, houve outras histórias deveras interessantes e elucidativas, que me deixaram convencida que certas pessoas são que nem mulas com palas, só conseguem olhar numa única direcção.
Não sou uma defensora de toda a gente, não estou convencida que todos são bons. Só não tolero a ideia de pôr toda a gente no mesmo saco.
Do género: Todos os sujeitos de etnia cigana não prestam; Todos os sujeitos de raça negra não prestam e por aí adiante….
Então e nós os Portugas, somos todos perfeitos?
O que dirão os outros de nós?
…
Na sexta-feira ao final da tarde tive reunião com a educadora do meu filho. Foi muito proveitosa em vários aspectos. Para além de me inteirar da evolução do piolhito, fiquei a saber umas curiosidades fantásticas.
Segundo ela, como a escola é novinha a estrear e com umas excelentes condições, houve pais que se convenceram que iria funcionar como um colégio particular, com rigorosos critérios de selecção. Por muito que lhes explicassem que a escola é pública e que a educação não pode ser negada a nenhuma criança, só se aperceberam da realidade quando as aulas começaram. O quê? Pretos, ciganos, putos de países de leste… O que é isto? Houve desistências e os que ficaram, ficaram contrariados.
A educadora explicou-me com um ar cansado, que a discriminação tem sido difícil de gerir, não devido às crianças, mas sim por causa dos pais. Na sala existem um menino e uma menina de etnia cigana, educados, calmos e bem comportados, não são ciganos da “barraca” como a maioria tem imediatamente tendência a pensar. Podem-se considerar pessoas de classe média, não têm problemas económicos e os miúdos vão para a escola todos os dias a horas, limpinhos e bem vestidos. Resumindo são crianças como as outras. Só que, no inicio das aulas quando começaram a sair para passear e a fazer certos jogos onde tinham de dar as mãos, havia crianças que se recusavam a dar a mão ao J. ou à A., as crianças ciganas. A educadora perguntou-lhes o porquê e a resposta foi «a minha mãe não quer». Perante esta resposta, ela teve a melhor das atitudes “Olha, a tua mãe não está aqui, estou eu, portanto vais dar a mão e eu depois falo com a tua mãe se houver algum problema”. Muito bem.
Outra situação deveras complicada, foi quando um dos meninos no recreio tropeçou no J. caiu e abriu o lábio. Por sorte a educadora assistiu a tudo, viu que foi um acidente, o próprio menino que caiu disse que foi um acidente, só que no dia seguinte o pai entrou enfurecido escola adentro, querendo explicações sobre o cigano que tinha atirado o filho ao chão. Embora o próprio filho lhe dissesse que tinha sido ele a tropeçar, o senhor estava convicto que não, que o filho estava com medo de dizer a verdade. Pois ele sabe como são os ciganos, sempre prontos a maltratar os outros. Quase aposto, que se o filho tivesse mesmo sido empurrado, mas por outra criança da mesma classe social, até não haveria problema «afinal são só crianças, sabe como são as crianças...», mas tropeçar num cigano? É pá, isso é muito suspeito.
Como estas, houve outras histórias deveras interessantes e elucidativas, que me deixaram convencida que certas pessoas são que nem mulas com palas, só conseguem olhar numa única direcção.
Não sou uma defensora de toda a gente, não estou convencida que todos são bons. Só não tolero a ideia de pôr toda a gente no mesmo saco.
Do género: Todos os sujeitos de etnia cigana não prestam; Todos os sujeitos de raça negra não prestam e por aí adiante….
Então e nós os Portugas, somos todos perfeitos?
O que dirão os outros de nós?
…
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Opinião do "consumidor"???
Quando vamos passear em grupo, não damos as mãos aos meninos ciganos... porque as nossas mamãs não querem!!!
Comentários???
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Comentários???
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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Citação
"Escrever é uma maneira de falar sem ser interrompido"
Jules Renard
Claro que o Sr. Renard, nunca deve ter tido um puto de cinco anos por perto enquanto escrevia.
...
Jules Renard
Claro que o Sr. Renard, nunca deve ter tido um puto de cinco anos por perto enquanto escrevia.
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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
A profissão perfeita... perante a ocasião.
Ontem recebi um recado da escola do piolhito, a informar os encarregados de educação, que o mês de Fevereiro vai ser dedicado às profissões. Assim, pedem a colaboração de todos os pais no sentido de que em cada dia do mês, um progenitor vá à sala falar sobre a sua profissão.
O pai do piolhito, descartou-se de imediato e lá fiquei eu com a batata quente na mão.
Medo.... Discursar para uma turma inteira de criaturinhas com cinco anos, soa-me a publico implacável. E logo eu, que sofro do chamado “medo de palco”.
Imediatamente a seguir, o meu cérebro começou a ser bombardeado com imagens do filme "Um policia no jardim escola". Lembram-se? Aquele com o Arnold Schwarzenegger! Pânico total. E agora?
Passei a noite a matutar no assunto. Ainda não sei se é obrigatório, mas se for, acho que já descobri a palavra mágica que me levará a ser dispensada.
Profissão: Striper...
...
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Telefone. Ter mas não atender...
Acho sempre imensa piada, à minha clientela que não atende telefones. Continuam a vir reclamar, que deixam processos para análise e que ninguém os contacta. Como já disse nuns posts atrás, cheguei a desconfiar que eles não sabiam bem a utilidade daquele objecto que faz ring-ring. Mas não, afinal não é nada disso, acabei de ser elucidada que afinal, este pessoal não atende números privados ou desconhecidos. Ok, está certo, não atendem... mas estão à espera do nosso telefonema. Alguém me explique melhor esta teoria, porque eu não a entendo.
Mais, fico a questionar-me como é que esta malta fazia antigamente, na época da outra senhora, em que não havia telefones digitais? Será que adquiriam os telefones apenas como objecto decorativo? Algo do género, ah e tal, ali naquele cantinho em vez de uma jarrita de flores ficaria mesmo bem um telefonezito (objecto até com mais estatuto). Agora atendê-lo!? Era o que faltava, nunca na vida. Então a malta sabia lá quem é que poderia estar do outro lado da linha!?
Seria???
...
Mais, fico a questionar-me como é que esta malta fazia antigamente, na época da outra senhora, em que não havia telefones digitais? Será que adquiriam os telefones apenas como objecto decorativo? Algo do género, ah e tal, ali naquele cantinho em vez de uma jarrita de flores ficaria mesmo bem um telefonezito (objecto até com mais estatuto). Agora atendê-lo!? Era o que faltava, nunca na vida. Então a malta sabia lá quem é que poderia estar do outro lado da linha!?
Seria???
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